Do arquiteto.
Em Santiago, edifícios que querem parecer “contemporâneos” têm fachadas de vidro, mas devido ao clima local, paga-se o preço com o efeito estufa gerado no interior dessas construções. Este edifício tinha que corresponder à expectativa do cliente, que queria um centro de inovação com uma “aparência contemporânea”. Essa busca acrítica pela contemporaneidade povoou Santiago com torres de vidro que, devido ao clima desértico local, apresentam sérios problemas de efeito estufa. Tais torres gastam uma quantidade enorme de energia com ar condicionado. O modo de evitar ganhos indesejados de calor não é uma ciência sofisticada; basta deslocar a massa do edifício para seu perímetro, recuar os planos de vidro para evitar radiação solar direta e permitir ventilação cruzada. Ao fazer isso, passa-se de 120kw/m²/ano (consumo de uma típica torre de vidro no Chile) para 45kw/m²/ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário