Três monumentos arquitetônicos que farão você visitar São Paulo

Vamos destacar hoje os monumentos que devem ser visitados em São Paulo. Sim, São Paulo é uma selva de pedra e de cimento, aço, tijolo, madeira, vidro e inspiração, muita inspiração. Andando pelas calçadas da maior metrópole brasileira, entre os quase 12 milhões de habitantes - sem contar os turistas que estão por todos os lados, fica mesmo difícil lembrar de olhar pra cima e explorar os detalhes dos imponentes arranha-céus. 

A característica de cidade comercial leva a fama porque realmente merece. São Paulo é o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. A composição, digamos, desuniforme, traz um charme heterogêneo que remete ao cenário de variados e importantes momentos de ruptura na história do país. A cidade é linda. E o valor da história em cada pedacinho dela, a torna ainda mais especial. 

Catedral Metropolitana de São Paulo    

Em 1558 São Paulo estava completando 34 anos, enquanto os moradores da então pequena vila de São Paulo do Campo, disputavam com os jesuítas a permissão do poder real para construir uma Igreja Matriz. Passou-se uma década até começar a construção que, mais tarde, foi demolida para dar vida ao que é hoje a Catedral Metropolitana de São Paulo, na famosa Praça da Sé. A obra, projetada pelo professor da Escola Politécnica, Maximilian Hehl, tem 111m de comprimento, 46m de largura e 65m de altura (exceto as torres). Construída para ser uma escola de arte e o espelho da fartura de nossos recursos materiais, logo na entrada nos deparamos com três elementos responsáveis pelo crescimento econômico do país esculpidos em pedra: cacau, trigo e uva. As cores da bandeira brasileira estão na formação de pedras do altar-mor, sem contar o brilho e o encantamento provocados pelos vitrais. A magia está do lado de dentro e do lado de fora. Deixar a sua “marca” no Marco Zero é apenas mais um motivo para a visita valer a pena.

Estação da Luz

Importante representante da arquitetura ferroviária em São Paulo, a estação reflete o momento histórico que foi construída, durante a era do café. Oficialmente conhecida como São Paulo Railway Station, por décadas dominou parte da paisagem central paulistana, com o seu relógio como referencial para acerto dos relógios da cidade. Aberta ao público em 1º de março de 1901, a Estação da Luz ocupa 7,5 mil m² do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter.O projeto da estação é atribuído ao renomado arquiteto britânico Charles Henry Driver, um dos primeiros arquitetos a projetar uma cobertura envidraçada para uma estação ferroviária. A obra inicial de apenas uma plataforma constituída por um pequeno bloco de um pavimento, hoje ocupa uma área de 7.520 m², composta por dois blocos distintos, um construído em alvenaria de tijolos com coberturas em mansardas e torreões em suas extremidades, e o outro de uma ampla gare envidraçada. A edificação completa o fascínio do bairro da Luz, no distrito do Bom Retiro, um dos bairros mais importantes da região central da capital paulista.Por ali você também pode aproveitar para incluir no roteiro uma visita a Pinacoteca do Estado, o Museu de Arte Sacra e o Museu da Língua Portuguesa, que aliás, fica dentro da Estação da Luz. 

Edifício Altino Arantes – Banespão    

  

Do alto dos seus 161 metros, bem ali, no coração de São Paulo, é impossível não se impressionar com a vista de 360º do alto do mirante. Além dos tradicionais prédios comerciais da Avenida Paulista e da movimentada vida de uma metrópole, da torre também é possível apreciar a natureza da Serra do Mar e o Pico do Jaraguá. Símbolo da era progressista que atraiu milhares de imigrantes e migrantes para a região, o popularmente conhecido Banespão – foi inaugurado em 1947, inspirado na arquitetura do famoso Empire State Building, em Nova York. Seus 35 andares, 14 elevadores, 900 degraus e 1.119 janelas, ainda na década de 40, foi considerada a maior construção de concreto armado do mundo. Por dentro, a arquitetura e decoração impressionam. O destaque fica por conta do lustre de cristal nacional em estilo decô-eclético, com 13 metros de altura, 10 mil peças de cristal e 1,5 tonelada, feito no formato do edifício. E mais legal ainda, abriga um museu onde estão reunidos mais de 2 mil objetos que fazem parte da história de quase 100 anos de existência iniciados com a cultura cafeeira do Brasil e que originou ali o Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo.