Porjeto do arquiteto Alessandro Sartore, essa casa tem materiais acolhedores, como madeira de demolição (peroba-do-campo) e paredes de pedra madeira; e, depois, configurou toda a casa ao redor da imensa mangueira que ocupava o centro do terreno de 800 m² no Itanhangá, aos pés da Pedra da Gávea, no Rio.
A árvore, batizada de Betânia pelo proprietário, por conta de seu aspecto majestoso, conquistou uma abertura de 3 m de diâmetro na laje que envolve seu tronco. Ela funciona como ponto focal de toda a distribuição das áreas de convivência – living, sala de jantar, cozinha e sala de TV – e ainda como uma conexão entre o corpo da residência e o jardim que circunda a construção.
A intervenção na laje, que se repete para acomodar uma árvore bem menor na garagem, acabou levando a uma segunda ousadia no projeto: a ausência de ar-condicionado. Sim, só os quartos possuem refrigeração. Graças à sombra da mangueira de mais de 20 m de altura sobre a construção e também à abertura que funciona como um canal de ventilação, a casa permanece fresquinha até mesmo sob temperaturas altíssimas. Para isso, basta manter abertas as paredes de vidro e a porta de entrada, todas pivotantes. “Nosso primeiro teste foi o verão passado, quando a temperatura chegou a 45 graus – e não sentimos nenhuma falta do ar-condicionado”, garante o proprietário. Dentro e fora, todos os espaços se conectam, em especial o interior com o jardim e a raia de natação, localizada bem junto aos degraus da entrada principal, cuja porta nunca é fechada. Veja o mix de ícones como as poltronas Mole, de Sergio Rodrigues, e Alta, de Oscar e Anna Maria Niemeyer, com apostas mais atrevidas, como a chaise Cangalha, de Paulo Alves, e o carrinho-bar Totó, de Isay Weinfeld, além das cadeiras de balanço Astúrias, de Carlos Motta, na área externa. Se encontram espalhadas por todas as paredes muitas gravuras. Decorando o lavabo, o quarto da bebê e até mesmo a entrada de serviço obras de Nuno Ramos, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Poteiro e Joaquim Tenreiro, entre outros. Também onipresentes pela casa são os desenhos de Marcelo Solá, artista goiano.
O estar exibe sofá Carbono 17, de Marcus Ferreira, poltronas de Flavio de Carvalho, mesa de centro Ripa, o cachepô de madeira, e tapete de Bilé – na parede, óleo sobre tela e grafite de Marcelo Piá
Acima, a sala de TV e lareira tem poltronas Mole, de Sergio Rodrigues, e Paulistano (à dir.), de Paulo Mendes da Rocha.
O quarto possui escrivaninha Quilombo, design Arthur Casas, e poltrona Beg, de Sergio Rodrigues, ambos na Arquivo Contemporâneo, abajur Bunni 70, de Jader Almeida, e tela de Marcelo Solá
Detalhe do aparador da sala de TV mostra o bowl Ruda, de Etel Carmona, e desenhos de Marcelo Solá
Outro ângulo do quarto exibe a luminária Tolomeo Mini, de Giancarlo Fassina e Michele De Lucchi
Cadeiras Atibaia, de Paulo Alves, mesa Dinn, de Jader Almeida, e outra obra de Marcelo Solá decoram a sala de jantar
Uma poltrona Kilin, de Sergio Rodrigues, coroa o corredor, que exibe gravuras de Beatriz Milhazes, Daniel Senise e Carlos Vergara
A cozinha traz banquetas de Harry Bertoia
Panos e portas de vidro permitem uma conexão constante com o exterior
Uma parede de pedra madeira dá as boas-vindas na entrada da morada
A sala de TV combina móveis modernos e arte contemporânea
Sem fronteiras, a sala de jantar integra-se ao resto da casa e tem vista para o jardim
A poltrona paulistano, design Paulo Mendes da Rocha, convida a descansar junto à lareira
Coberto por trepadeiras, o tronco de árvore é ponto focal da decoração
Quarto decorado com móveis e revestimentos de madeira
Além de abrigar o tronco da mangueira, abertura de 3 m de diâmetro traz luz e ventilação à morada
O quarto de bebê também ganhou tela.
Tapete de fibras e móveis de materiais naturais trazem aconchego ao quarto do casal
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