Por essa razão, considera necessário que as cidades sejam sustentáveis e que contem com espaços públicos que promovam a inclusão social, algo que se espera atingir através da agricultura urbana e periurbana, prática promovida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO).
Para compreender como as cidades desenvolvem a agricultura a FAO realizou pesquisas em 27 países latino-americanos, o que permitiu identificar as dez cidades mais desenvolvidas nesse quesito.
Durante a pesquisa, a FAO identificou três desafios que as cidades da América Latina e Caribe enfrentam ao construir e manter suas hortas urbanas: o primeiro corresponde à falta de espaço nas cidades; o segundo, à má qualidade dos solos; e o terceiro, à falta de confiabilidade no abastecimento de água.
Levando isso em conta, as cidades que superaram da melhor forma esses inconvenientes são:
1. Havana, Cuba

Com isso, a agricultura urbana viveu uma expansão que foi impulsionada com a criação da Delegação Provincial da Agricultura e de dois programas nacionais para o desenvolvimento da agricultura na cidade e na periferia. O Plano Estratégico da cidade também destina espaços não urbanizados que são cultivados principalmente por mulheres e jovens.
No final do ano passado, Havana tinha 97 hortas urbanas que ocupavam 39.500 hectares, isto é, a metade de sua superfície. Além disso, se estima que existam 89 mil pátios e 5.100 terrenos (com menos de 800 m²) dedicados ao consumo doméstico aos quais estão relacionados 90 mil habitantes. Esses fatos se refletem em números surpreendentes: em 2013, 58 mil toneladas de produtos foram comercializadas, das quais 6.770 foram entregues em colégios, hospitais e outros serviços.
2. Cidade do México, México

No caso da agricultura suburbana, ela se concentra em Xochimilco e Tláhuac, enquanto que no caso da agricultura periurbana, se dá em Tlalpan, Milpa Alta, Magdalena Contreras, Álvaro Obregón e Cuajimalpa de Morelos. Enquanto estima-se que 80 por cento dos alimentos consumidos na cidade são importados, a FAO acredita que a agricultura urbana na Cidade do México é mantida pela inovação dos agricultores que, lentamente, vem aumentando a produção de alimentos.
3. Antígua e Barbuda

4. Tegucigalpa, Honduras

Em 2009 três desses bairros marginais - Villanueva, Los Pinos, Nueva Suyapa - foram escolhidos para implementar um plano piloto em que os cidadãos foram incentivados a construir hortas nos pátios de suas casas. O programa terminou em 2011 e das 1.200 pessoas que participaram, 90% mantiveram suas hortas.
5. Managua, Nicarágua

6. Quito, Equador

Em função disso, existem hoje 140 hortas comunitárias, 800 familiares e 128 escolares. Também estão em vigor os planos de desenvolvimento em conjunto com os habitantes dos bairros mais pobres, como El Panecillo.
7. Lima, Peru

Por essas razões, a FAO reconhece que a necessidade básica da cidade é assegurar o fornecimento de água para as hortas e criar normas para implementar a Promoção da Agricultura Urbana.
8. El Alto, Bolívia

9. Belo Horizonte, Brasil

A FAO explica que isso se deve ao fato de que a política de Belo Horizonte reconhece essa prática como um uso legitimo do solo e, por isso, a promove, já que considera que ela ajuda no “desenvolvimento das funções sociais da cidade”. Atualmente a cidade conta com 185 hortas de verduras e 48 hortas de frutas desenvolvidas pelo Programa de agricultura urbana e periurbana de Smasan.
10. Rosário, Argentina

Rosário se destaca por ser uma das poucas cidades sul-americanas que incluem a agricultura urbana no uso e no planejamento do solo.
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